Bom dia, boa tarde e boa noite, pessoal!

 

Esses dias me peguei relendo todas os episódios e, até aqui, relembrei coisas engraçadas, momentos difíceis, lembrei dos cachorrinhos que me acompanham na caminhada, um que sempre está no mesmo lugar todos os domingos, este que eu apelidei de "amigão", pois, afinal, é isso que ele virou! As pessoas de coração mais puro podem até dizer que ele me espera todos os domingos, pois muitas vezes é isso mesmo que parece.

 

Mas voltando a releitura de todos os episódios, eu sempre achei que as dificuldades físicas seriam o maior problema, pois tem cansaço, tem dores, tem o desânimo de não conseguir cumprir algo que planejou, como um percurso, ou uma distância; se espelhar em alguém e ver que seu tempo por KM é 3 vezes maior que o dele, algo assim que te motiva e, por algum motivo, não deu certo.

 

Foi pensando nisso que me peguei em uma reflexão: a preparação mental para este tipo de exercício é muito mais importante que a parte física, pois, quando você está com a cabeça boa, não importa o tempo que demore para correr os tais km, você sempre vai olhar e falar: "amanhã será diferente", ou que o percurso não deu certo; sempre vai ter: "amanhã eu consigo ou acho um melhor", e aí veio aquele estalo: corredores amadores são guerreiros demais, não ganham nada financeiramente com suas corridas (mas ganham sorrisos, mesmo que internos), ganham satisfação, que vai além do seu poder aquisitivo; ganham em prazer de viver e, principalmente, eles ganham em Paz de Espírito.

 

Corredores amadores, que levantam 5h da manhã para correr (alguns mais cedo que isso); que fazem suas distâncias, pouca ou muita, não importa neste momento; que voltam para casa, tomam seu banho, e vão enfrentar conduções para trabalhar, distâncias, cara feia, má educação, e, no final do dia, muitos voltam, calçam seus tênis, e vão correr aquele pedaço que ficou faltando para atingir sua meta daquele dia lá atrás, onde ele disse: "amanhã será diferente". Corredores amadores são realmente pessoas com uma mentalidade FORTE.

 

Quanto a mim, venho buscando inspiração em todas as pessoas que, mesmo sem nomes, eu citei acima, como um senhor que corre com o seu cachorro perto de um supermercado próximo ao viaduto da China, no extremo leste de SP, eu juro que ele deve ter uns 80 anos.

 

Uma senhora que corre na Av Marechal Tito (também no extremo leste) todos os domingos, e ela chama a atenção por facilmente ter mais de 60 anos, e por sempre estar de rosa ou roxo, sempre com um sorriso no rosto.

 

São as figuras desconhecidas e marcantes que vemos pelo caminho, e que a gente facilmente pensa: “uma pessoa velha de corpo e idade, mas com uma mente forte e jovem”.

 

Continua...